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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Curtas - parte qual mesmo?




Chegando na escola, um grupo de pessoas conversavam na calçada, próximos ao portão de entrada. Falavam rápido demais e com sotaque nordestino.

"Mãe, não entendo nada que eles falam. Acho que é inglês."

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Em casa, decidindo com o que brincar.

"Mãe, pega aquela caixa pra mim. Mas só quelo a Barbi e o Barbo"

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Papai e mamãe incentivando a filhinha a pedir uma bicicleta de presente de aniversário.

Pai: "Filha, o que você prefere ganhar, uma boneca ou uma bicicleta?"

"Uma boneca"

Mãe: "Mas bicicleta é tão legal, suas amigas adoram andar de bicicleta."

"Mas eu quelo boneca mesmo."

Mãe: " Ah, eu adoraria ganhar uma bicicleta de presente..."

"Ué, mãe, pede uma pla você!"

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Falando de um amigo da escola:

"Aquele lá é mais sapeca que o Saci Pelelê"

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Sábado a noite, estávamos decidindo o que comer.

Pai: "E aí, vocês querem pizza, esfiha, lanche, o que?"

"Ah, papaizinho, você podia fazê aquele macarrão delicioso, né..."

(Depois dessa, claro que ele fez...rs)

 

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Segunda 13- parte 2




Pois bem, como eu estava contando, a coisa não parou na filha passando mal. No trabalho até que deu tudo certo (pelo menos uma coisa tinha que dar, hehehe).

Aí eu resolvi ligar para o atendimento da TIM pela trocentésima vez (perdi as contas de quantos números de protocolos já anotei) para resolver o bloqueio da minha linha. Eles aceitam qualquer documento pra vender a linha, e te bloqueiam logo em seguida, alegando que aquele documento não vale. Pois bem, a moça me disse que dessa vez a documentação estava ilegível. Catsu! Junta todos que já mandei, não é possível que todos estejam ilegíveis!!! E ela ainda pergunta se eu quero aguardar na linha pra responder a pesquisa de satisfação. Jura que ela quer que eu responda a pesquisa?

Pois bem. Resolvi ligar na minha ginecologista pra reagendar uma consulta que eu tinha marcado e só depois visto que era num horário impossível de comparecer. A secretária disse que tinha um encaixe para hoje, e eu pulei de felicidade! Deu meu horário, peguei minha filha (que eu não ia deixar na escola sendo que pode ficar comigo, mesmo tendo melhorado) e voei pra consulta.

O consultório é num lugar horrível de estacionar aqui na cidade. Muito, muito no centro. Perto do Fórum, da Prefeitura, enfim, no olho do furacão. Então, já sabendo disso, sempre saio com bastante antecedência, porque achar vaga é uma missão quase impossível. E pagar estacionamento está fora de questão, porque eles cobram absurdos.

Eu fiquei rodando VINTE minutos. Sabem o que é isso? E a guria já impaciente no carro, claro. Até que avistei um rapaz chegando num carro. Fiz sinal, perguntando se ia sair, e ele acenou que sim. Fiz jóia e já dei seta, pra nenhum engraçadinho se meter na minha vaga (a pessoa já estava a ponto de cometer um homicídio, pense bem). Ele ainda vem na minha direção e estica o ticket do Parquímetro, dizendo que ainda tinha mais de uma hora, se eu não queria ficar. Eu agradeci e peguei, achando estranho. Mas olhei bem e estava tudo certinho. Pensei: "Obrigada, Deus. Agora as coisas estão se encaixando. Uma alma boa cruzou meu caminho pra melhorar meu dia."

Estacionei, peguei a cria e fomos ao consultório. Nenhum, eu disse NENHUM carro parou para duas pedestres, na FAIXA, sendo que uma era criança, atravessarem. Danem-se as leis de trânsito, ou as de boas maneiras. É a lei do cão, e salve-se quem puder.

Cheguei na recepção do consultório e estava vazia... Estranhei, porque sempre está apinhada de gente. Sorri pra recepcionista e falei: "Nossa, não tem ninguém. Que milagre é esse?". E ela: "A doutora cancelou a agenda de hoje porque teve uma intercorrência com o marido. Não te ligaram cancelando a consulta?'

Peraí. Eu liguei HOJE e me encaixaram. Como é que não me avisaram que ela cancelou a agenda? Que raios de consultório é esse que não se comunicam??? Mas, para não matar ninguém (pense numa mulher segurando os nervos pra não dar vexame na frente da filha), eu respirei fundo e respondi, sorrindo: "Se eu estou aqui é porque não me avisaram, né..."

Ela pediu desculpas e reagendou minha consulta. Eu agradeci, segurei minha filha pela mão e fui embora. Liguei o rádio do carro, coloquei um CD infantil e saímos cantando feito doidas, até que ela cansou e dormiu. Eu continuei cantando, porque quem canta seus males espanta.

É ou não é pra ter medo de uma segunda 13? Eu vou olhar bem o calendário daqui por diante, porque na sexta eu nem vou ligar, mas na segunda... toc toc toc, bate na madeira que a bruxa tá solta!

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Segunda 13




Que sexta-feira 13, que nada. Terror mesmo é segunda-feira 13. E explico o porquê, e vocês vão concordar e ter dó de mim.

Começou no final do domingo, 12, dia dos pais. Ana Elisa reclamando de dor de barriga. Tadinha, ela não tem culpa, claro. Mas tudo que criança sente de mal estar e que não sabe identificar, é dor de barriga. Fiz massagem, fiz compressa, dei remedinho. Não quis jantar nadica. Como almoçou super bem e ainda beliscou aqui e ali (fizemos churrasco, e entre uma brincadeira e outra com os primos, assaltava o prato de alguém...rs), não encanei. Criança é assim, nuns dias come melhor, noutros não tão bem, e assim vamos. Mas ela não exagerou, disso tenho certeza. Tomou meio copo de leite e dormiu.

No meio da madrugada (meu sono não me deixa lembrar que horas foi isso), acordou reclamando de dor de barriga de novo. Trouxe pra nossa cama, fiz massagem e fiquei encostada nela, assim como fazíamos quando era bebê nas infinitas e terríveis cólicas. Ela fez que ia dormir e eu fiquei feliz. De repente, ela manda: "Mãe, acho que vô vumitá..." Mas não deu nem tempo de pensar... Enquanto meu marido já ia levando pro banheiro, ela já deixava o rastro: em mim, no edredom, no chão, no tapete do banheiro, nela e, finalmente, na bacia. O que fazer? Enquanto marido recolhia tudo o que sujou e limpava (santo marido), nós tomávamos banho. Naquela altura do campeonato, já colocamos a roupa pra sair (que seria dali menos de 2 horas).

Perguntei se queria leite, recusou. Bolacha água e sal, recusou. Biscoito de polvilho, recusou. Não insisti em nada. E não ofereci logo em seguida, cla-ro. Afinal, ninguém quer outro banho forçado, né. Enquanto eu tomava café, ela deitou num sofá e o marido no outro. Ela manda: "Pai, acho que vô vumitá di novo..." Dessa vez o papai foi mais rápido que o Flash e chegaram ao banheiro a tempo, foi só um pouquinho e na bacia. Afinal, nem tinha mais o que sair. Ela mesma disse que a dor tinha passado, e eu acho que o mal estar era isso e pôr pra fora aliviou. Ela voltou pro sofá e dormiu. Marido (que é autônomo e pode entrar às 9h, por exemplo), cochilou no outro. E eu, que entrava às 7h, saí de casa parecendo um zumbi...

Vocês acham que foi só isso que aconteceu na segunda 13? Mas é LÓOOOOGICO que não! Porque filho doente acontece nas melhores famílias, e eu jamais reclamaria. Esse foi só o começo de um longo dia, de desencontros e vontade de voltar pra cama e levantar de novo, dessa vez com o pé direito. Volto na quarta pra terminar de contar (isso se não surtar até lá...rs).

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Hora de dormir.

Num passado distante, ela dormia assim...rs.

Minha filha, desde os 2 meses (pasmem) dorme no quarto dela. Começou num acidente bebezístico (fez cocô e sujou o colchãozinho que ficava no carrinho, onde ela dormia, no nosso quarto) e não parou mais. Com dor no coração e desespero algum receio, coloquei-a no berço e fiquei com a babá eletrônica em mãos. Ela dormiu feito uma anjinha e eu não dormi nada...rs.

Mas ela sempre adormeceu no nosso quarto, pertinho da gente. Era nosso ritual. Ela mamava e ficava, e se aninhava, e dormia. Depois era colocada no berço, sem nem acordar. Mas aí as coisas começaram a ficar difíceis...

Difíceis porque ela começou a crescer, e a pesar, e as colunas começaram a reclamar...rs. Eu deixava pro papai pegá-la, porque eu já não dava conta. E ele começou a ter dores também. Afinal, são 23 kg distribuídos em 1,05cm de pura gostosura. E dormindo o peso triplica! Não dava...rs.

Então comecei a incentivá-la a deitar na sua caminha, colocava suas bonecas preferidas, contava alguma historinha, até deixava assistir um pouco de desenho e, depois de algumas tentativas em voltar a dormir na nossa cama, ela aceitou. E agora está curtindo o ritual!

Eu adorava que ela adormecesse comigo, adorava o cheirinho, adorava pegá-la no colo... mas tive que ter a consciência de que não vou poder carregá-la para sempre. E se eu crio minha filha para o mundo, isso também faz parte. Afinal, a mamãe não estará sempre junto pra levá-la pra cama.

Claro que às vezes ela adormece fora da cama (no sofá, no carro, na minha cama porque estava me esperando sair do banho), e claro que às vezes dou uma colher de chá (eles são ótimos em nos convencer de certas coisas, não é mesmo?...rs), mas ela está seguindo a nova rotina.

Se será sempre assim? Não sei. Afinal, nada com filhos é definitivo e eterno, exceto o amor!