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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

O aniversário.

 
 
O aniversário passou e eu nem vim contar. Tá, eu sei, podem me bater. Mas é que tudo foi tão rápido, tão trabalhoso e tão gostoso ao mesmo tempo que não deu tempo. Então, antes tarde do que nunca...rs.
 
Ela completou 4 primaveras no último dia 06, uma quinta-feira, véspera de feriado. No dia do aniversário mandei um bolo pra cantar parabéns com os amiguinhos da escola. E ela quis que eu mandasse um vestido que comprei da Moranguinho pra trocar na hora do bolo. Ah, o tema foi Moranguinho, eu contei? Pois é...rs. Correu tudo bem, foi tudo ótimo, as crianças adoraram e se esbaldaram.
 
Esse ano foi o primeiro que ela realmente curtiu o aniversário, os preparativos, ficou ansiosa, fez contagem regressiva e tudo que uma aniversariante tem direito. No dia, madrugou.
 
"Mãe, já tá de dia?"
 
"Tá sim filha"
 
"Já é meu anivesálio?"
 
"É sim filha"
 
E ela veio correndo pra nossa cama, pulando em cima da gente.
 
"Eba mãe! Já pode puxá minha olelha. Me dá banho? Põe uma ropa bem bonita? Leva meu bolo? Bla bla bla...."
 
Nunca imaginei uma guria de 4 anos tão ansiosa e feliz com o aniversário. Claro que fiquei super feliz também. E achei tão bonitinho ela agradecendo quando as pessoas a cumprimentavam, como ela falava direitinho ao telefone com quem ligava pra ela... toda moça. Ai ai... Definitivamente, ela cresceu.
 
Pois bem, claro que, madrugando e tendo um dia tão agitado, ela tirou um cochilão voltando pra casa. Eu deixei. A noite a levamos ao shopping, tendo como companhia a tia e o padrinho, que ainda a levou no parque do shopping. Todos nos esbaldamos. Foi um dia delicioso!!!
 
E no sábado, dia 08, fizemos um churrasquinho só para a família e amigos maaaaaaais chegados. O dia estava lindo e ajudou bastante. Só pra ter cara de aniversário, fiz uma mesa personalizada que ficou bem bonitinha, modéstia a parte. Minha comadre deu as ideias e fez os moldes no computador, minha mãe imprimiu, eu montei tudo, e nós três, mais minha cunhada e prima (quantas mãos...rs) montamos no dia. Deu cara de festa, sem sair caro. Trabalho deu, claro, mas eu não morri com isso e achei bacana esse lance de "faça você mesma"...rs.
 
Nesse dia, novamente, ela madrugou, queria se arrumar logo, ficou me apressando, quis ajudar a arrumar e curtiu muito a festinha. A felicidade enche o meu coração de alegria. E mesmo que fosse só um bolo a faria feliz, o que muito me alegra. Porque estamos criando uma criança que dê valor aos sentimentos, a presença dos que a amam, e não ao tamanho da festa ou dos presentes. E parece que estamos conseguindo.
 
E foi isso gente. Preciso de um feriado pra descansar do feriado, mas o saldo foi mega positivo. E o que mais importa no final das contas? =)
 

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Contagem regressiva.

Essa foi a última foto grávida.


No próximo dia 06 minha pequena completará 4 primaveras. Eu nem acredito que tanto tempo passou. Nem acredito que ela está tão grande e tão esperta. Tão participativa e tão companheira. Tão carinhosa e tão impossível cheia de argumentos.
 
Todo ano fico numa contagem regressiva super nostálgica. Lembro do que estava fazendo quando estava grávida, prestes a parir. E como foi no primeiro, no segundo, no terceiro e avalio esse quarto ano. Fico feliz que da sementinha que plantei esteja brotando uma linda flor, perfumada e colorida. Dá trabalho, mas vale muito a pena.
 
Será que quando ela tiver 10, 20, 30 anos eu ainda farei essa retrospectiva? Será que ainda lembrarei dos detalhes? Eu ainda lembro, por exemplo, que no dia 03 de setembro de 2008 eu ainda não sabia que ela estava a 3 dias de nascer, mas já estava em licença maternidade. Me sentia bem, mas sem pique pro trabalho. Curtia o quartinho dela, as roupinhas, e dormia o quanto podia.
 
Lembro da última consulta com o meu GO, no dia 04, e que marcamos a cesárea (por opção minha gente, não culpem o médico). Lembro da mistura de ansiedade e medo que tomou conta de mim, e da alegria da família quando contamos que ela estava chegando.
 
Lembro que no dia 05 eu dormi bastante, arrumei o bercinho dela, cheirei as roupinhas, verifiquei as malas (que estavam prontas desde o 7º mês de gestação), naveguei pela internet e avisei "asamiga" mais próximas da novidade, e descansei mais um pouco. Lembro que passei na casa da minha mãe, e combinei que a buscaríamos pra irmos juntos ao hospital. E lembro que jantamos na minha sogra, e na hora de me despedir todos me desejaram "boa hora", e eu chorei feito bebê.
 
Aliás, a cada ligação durante o dia eu chorei. Porque a notícia corre, vocês sabem. Eu aproveitei pra fazer depilação e unhas, e meu celular não parou. Minha amiga-depiladora-cabeleireira falou: "Não fica falando quarto, hora, essas coisas. Fica quietinha, deixa pra receber visitas em casa, depois de uns 10 dias". Eu achei besteira, mas ela estava certa. Quem sabe se um dia eu tiver outro filho faço o que ela sugeriu.
 
Lembro que consegui dormir tarde pra caramba, e acordei cedíssimo. Fui tomar banho e chorei de ansiedade, medo, alegria, e sei lá mais o que. Alisei muito a barriga e cantei as nossas músicas pra ela pela última vez na barriga. Tirei as últimas fotos grávida. E fomos ao hospital.
 
Depois de toda parte burocrática, de toda parte médica (soro, anestesia, corte), lembro do meu marido ao meu lado, me acariciando, e o médico o chamando porque estava tirando a nenê. Lembro do seu chorinho delicioso. E da cara de felicidade dele. E do meu desespero querendo ver também. Segundos tornam-se horas!
 
Lembro que envolveram-na e trouxeram aquela coisinha melecada pra mim. Não chorei de soluçar, mas meus olhos encheram de lágrimas. Cheirei, beijei, falei com ela, olhei bem (pra conferir depois), e fiquei triste quando nos separaram.
 
Lembro que entre os pontos e me levarem pro pós-parto um século se passou. E que eu queria meu marido e minha mãe. E, acima de tudo, minha filha. E lembro que, depois de dor, hemorragia, quase desmaio e banho sentada, ela veio pro quarto.
 
Lembro da minha alegria ao pegá-la no colo, ao acariciar seu cabelinho tão preto, ao ver seus olhinhos de jabuticaba, ao cheirá-la, ao dar meu dedo para que ela segurasse, ao dar meu seio para que ela sugasse... Esse foi, sem dúvida, o melhor momento da minha vida!
 
E daí em diante a minha vida nunca mais foi a mesma. Se eu lembrarei de tudo isso daqui 30 anos, eu não sei. Mas que minha vida adquiriu outro sentido, eu não tenho dúvidas. E tudo isso eu devo a ela!