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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

11 anos



Sábado marido e eu completamos 11 anos de casados.
 
Às vezes parece que foi ontem. E noutros momentos acho um tempão.
 
Nos dias de hoje, onde casais casam e separam na velocidade da luz, pode-se dizer que temos um casamento duradouro. E que ele perdure por muitos e muitos anos mais.
 
Outro dia, no carro, perguntei se ele lembrava de como era nossa vida antes do nascimento da Ana Elisa. Ele disse que sim, e me quis saber o motivo da pergunta.
 
Eu, sinceramente, nem lembro muito bem. Sei que não tínhamos muito horário pras coisas, finais de semana eram dias pra acordar tarde, se alguém chamasse pra sair em plena quarta-feira nós nem pensávamos antes de aceitar o convite, jantar podia ser comida ou qualquer coisa que fosse comestível, e por aí vai.
 
Curtimos muito nosso período casal sem filho. E, logo que Ana nasceu, senti falta disso. Porque com criança tudo requer planejamento e levar uma tralha. Nada de uma bolsinha só com documento e celular. Nada de barzinho às nove da noite da terça. Nada dessas coisas.
 
Mas a gente se ajeita, se adapta, e aprende a curtir outras coisas, outros lugares, e se encontra como família. E, sinceramente, acho que nunca fomos tão unidos como agora. Porque pro negócio familiar funcionar, todos tem que colaborar. Papai, mamãe, filhinha. E, modéstia a parte, a gente fez funcionar muito bem. Ao nosso modo, errando e acertando, mas fez.
 
Nesse dia em que conversamos, no carro, ele me disse que gosta mais de agora. E, sinceramente, eu também. Nossa vida é mais corrida, mais programada, o dinheiro mais curto, mas os risos, os abraços e o amor que transborda não tem igual.
 
Por isso eu digo: casamento não é fácil, mas fica muito melhor quando trabalhado a 4 mãos.

 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Sozinha...

(Autoria desconhecida)


Ontem presenciei uma coisa que me deixou horrorizada, de queixo caído e querendo dar um murro na fuça de alguém denunciar ao Conselho Tutelar.
 
Como estava uma noite agradável, fomos ao parque. Um super parque, com muita gente fazendo de um tudo: caminhando, correndo, jogando futebol, jogando vôlei, mães passeando com seus bebês, crianças brincando, gente dando comida aos peixes do lago, marmanjos babando nos carrinhos de automodelismo (meu marido estava no meio, mas ele também pilota, não fica só babando...rs), e por aí vai.
 
O parque é gigaaaaante, bem iluminado e bem monitorado. Há guardas municipais passando o tempo todo, o que me deixa bem mais tranquila. Mas isso não quer dizer que estamos seguros, né. Talvez um pouco menos desprotegidos.
 
Pois bem. Enquanto o marido estava vendo os carrinhos, filhota e eu ficamos no parquinho. E assim que chegamos veio uma menininha, com aquela conversa tradicional das crianças: Oi, tudo bem? Qual seu nome? Quantos anos você tem? Quer brincar comigo?
 
Ana Elisa respondia tudo e olhava pra mim, como que pedindo permissão pra falar. Eu sorria e balançava a cabeça positivamente. A menina falou que estava brincando na lama, e eu falei que na lama a Ana não poderia ir (lama às oito e pouco da noite não rola), que elas poderiam brincar no parque. Ela disse que a mãe mandou que ela ficasse com seus brinquedos ali, na terra, e que não poderia sair. Então eu sugeri que a Ana Elisa brincasse nos brinquedos perto dela. Que dó.
 
E foi assim, entre um balanço e outro, um escorrega e outro, elas iam conversando. E eu também. Foi quando perguntei: Cadê a sua mãe?
 
De repente, não mais que de repente, ela me contou algo que me deixou de cabelos em pé:
 
"Ela está por aí, tia. Ela vem com o namorado pra correr. E eu fico aqui, brincando. Quando ela passa por aqui me dá tchau, e eu quero ir junto, mas não consigo correr tão rápido. Às vezes eu fico assustada e tento encontrar eles, mas não consigo nunca, e me perco. Daí alguém me acha e me leva no guarda. Uma vez eu vi o namorado dela passar e corri atrás, porque estava com medo, mas não consegui alcançar, porque ele corre muito rápido. Uma moça me achou e perguntou o que eu estava fazendo sozinha. E eu contei. E ela ficou comigo esperando minha mãe chegar."
 
Eu ainda estava digerindo tudo aquilo quando ela ouviu um latido e falou: Ah, esse latido é do cachorro da minha avó. Ela mora aqui perto, em frente do parque.
 
Peralá. Vamos por partes. Uma mãe, doida, irresponsável, sem juízo, que só pensa no próprio umbigo, resolve correr e leva a filha de 6, SEIS anos junto, e larga sozinha no parque. E a vó mora em frente! Como assim? Por que não deixa na casa da vó? Da onde tirou que essa criança tem maturidade pra ficar sozinha? Em que mundo ela vive? Não pensou nos perigos que essa criança está correndo ficando ali, sozinha? Da mesma forma que eu puxei conversa, poderia ser uma doida que trafica crianças. Será que ela nunca ouviu falar disso? Meu Deus do céu...
 
Daí a doida sem juízo, em quem eu queria dar um soco mãe chegou, e me olhou feio, porque eu estava perto da filha dela. Ha-ha. Ela deixa a guria sozinha e eu estou errada em ficar perto? Poderia ter levado a menina embora e estar a quilômetros de distância dali, baby. Logo em seguida o namorado chegou, e eu senti o sangue subir pela forma ríspida como falaram com a menina.
 
Peguei minha filha, me despedi da menina e saímos dali. Enquanto andávamos pelo parque, Ana me perguntou sobre aquela cena toda. E eu nem tinha muito o que explicar, como justificar. A mãe não era cuidadosa, ponto.
 
O que mais me angustia é saber que hoje ela estará lá novamente, sozinha, enquanto a madame se exercita. E que muitas outras meninas passam pela mesma situação...

 

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Mea culpa.



Que vergonha... Que vergonha... Que vergonha...
 
Faz tanto tempo que não passo por aqui que nem o meu blog lembrava de mim...rs.
 
Mas é que tantas coisas acontecem ao mesmo tempo, que fica difícil parar e registrar tudo. Antes eu era mais "correta" quanto a isso. Sentava com certa peridiocidade, programava posts, tudo para não deixar meus dois leitores sentirem minha falta.
 
Só que, simplesmente, não deu. Me perdoam? Por favor! (Estou fazendo essa carinha do gatinho do Shrek...rs).
 
Bom, cá estou e vou tentar não ficar tanto tempo longe, até porque sinto falta de escrever. E, além do mais, ouvi de pessoas diferentes que gostam do meu blog, que sentem-se "em casa" nesse meu espacinho, que falo do cotidiano de um jeito bacana... e aí fiquei me achando me animei a escrever.
 
Estamos a menos de um mês do Natal. Caraca! O tempo voa, realmente, pelamor. E esse ano tivemos duas árvores de Natal aqui em casa. Coisa de doido? Não, calma...rs.
 
A árvore do ano passado era pequena, de um metro, e magrinha. Mas era o que tinha, sabe? E, logo no comecinho de novembro, Ana Elisa e eu montamos a árvore e enfeitamos a casa. Ela estava ansiosa por isso, e eu também adoro essa época e os enfeites natalinos, então uni o útil ao agradável.
 
Mas meu marido, que é doido pra ter daquelas árvores gigantes, não gostava da árvore magrelinha. E comprou uma um pouco maior, e mais gordinha, e com luzes já embutidas. E montamos mais essa, que ficou linda! E daí que ficamos com duas árvores na sala. Isso sim é uma casa natalina...rs. Calma, não sou doida a esse ponto e meu marido levou a árvore antiga embora.
 
Ana Elisa estava muito na dúvida do que queria pedir ao Papai Noel de presente. Então a levamos a uma super loja e deixamos que visse tudo, pra elaborar uma lista. Mas não é que o Bom Velhinho vá dar mais de um presente, é que se ele não encontrar uma coisa, ou se for muito caro, ele pode dar outra. E, depois de muito pensar, a lista ficou assim:
 
-Barbie noiva e Ken Noivo;
-Quarto da Barbie;
-Boneca que come e bebe de verdade, e faz xixi de verdade (mamãe não estava muito a fim...rs)
-Barbie que anda de bicicleta.
 
Será que minha filha gosta de Barbies? Será? Hahaha! Eu sempre adorei a boneca, e acho que acabei passando esse gosto a ela. Trocar as roupinhas, os sapatos, montar uma casa, tudo isso é bom demais, e alimenta o mundo da imaginação. O que será que o Papai Noel vai dar? Segredo...
 
Fizemos a cartinha e, junto ao pedido, ela prometeu se comportar melhor. Não que ela não se comporte, mas está numa fase de achar que é dona do próprio nariz. Fala sério, ela só tem 4 anos! O Papai Noel pegou a carta na nossa árvore e ela tem cumprido o combinado. Vamos ver até quando.
 
Então é isso. Vou contando as novidades aos poucos, pra ter bastante assunto...rs.
 
Beijo, me liga.

 

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Era uma vez...



 
...Uma princesa muito linda, esperta e cheia de energia. Seu nome era Ana de Neve. Ela vivia no seu reino encantado, cercada de pessoas que a amavam.

Um dia um grupo de outras princesas e príncipes, sob os cuidados da Rainha, foram à um passeio muito divertido a um reino vizinho, chamado "Mundo da Xuxa".

Nesse reino havia muitos brinquedos, e as princesas e príncipes se deliciaram com tanta diversão. Fizeram um lanche no bosque do reino, assistiram a apresentação dos bobos da corte locais, riram muito e não queriam que aquele dia acabasse mais.

Até que de repente, não mais que de repente, uma tragédia aconteceu. A pequena Ana de Neve estava brincando inocentemente com algumas princesas da sua idade, imitavam gatinhos pelo chão. Uma princesa maior, descuidada, veio correndo em sua direção e...

Cataploft! Ana de Neve foi ao chão! Mas, como ela já estava muito próxima ao chão, o dano foi ainda pior. Ela bateu sua boquinha de lábios cor-de-maçã no chão, e com isso um dentinho da frente quebrou e sangrou um pouquinho.

Sua mãe, a Rainha, correu em seu socorro. A Rainha-Avó conseguiu guardar o pedacinho do dente, enquanto a Rainha correu com a pequena Ana de Neve para o lago. Lá, ela lavou a boca para avaliar a dimensão do acidente, e ficou muito triste ao constatar a quebra do dente.
 
Ainda bem que já se aproximava da hora de irem embora, porque ali o passeio acabou para a pequena princesa e para sua mãe. A pequena não quis saber de mais nada, ficou amuadinha e acabou adormecendo. Voltaram para o seu reino em sua carruagem real.
 
À noite, passaram no castelo da Rainha-Bisavó. Esta, tinha preparado uma sopa deliciosa, que apeteceu a pequena Ana de Neve e a fez criar coragem de comer. Isso foi um alívio para todos, já que a pequena não queria saber de nada.
 
No dia seguinte, um sábado, foram consultar o dentista do reino. Como ele já cuidava do sorriso do Rei, da Rainha e de todos da corte, confiavam muito em seu diagnóstico. Analisando superficialmente, achou que não tinha abalado a raiz do dente, e que daria para recolocar o pedacinho. Mas achou melhor que ela voltasse na segunda-feira, onde haveria uma dentista especialista em princesinhas.
 
Passaram o final de semana bem, embora a pequena tivesse medo de mastigar. Maçãs, então, nem pensar! Mas tiveram até uma festa num castelo vizinho, onde poucos notaram o dentinho quebrado.
 
Na segunda-feira, lá foram elas à consulta. A dentista era um amor, e tratou a princesa com toda delicadeza. Mas esta, que já estava com muito medo, deu um baile! Depois de muita conversa, a deixou examinar. Infelizmente, foi constatado que o trauma abalara a raiz do dente, sim. E que seria necessário fazer um canal antes de reconstruí-lo.
 
A Rainha sentou na cadeira da dentista e segurou a princesa que, depois de muito lutar, acabou deixando a dentista mexer no dentinho. E na hora do canal, ficou quietinha, de boquinha aberta e sem dar um gritinho sequer. Apenas deixou cair uma lágrima, que fez com que o coração da Rainha partisse em mil pedaços.
 
Mas, felizmente, a dentista foi bem rápida, carinhosa e precisa, e terminou o dentinho antes que a princesa cansasse. O dentinho, embora um pouco mais escurinho que o vizinho, ficou muito bom, e mal se nota que ele foi reconstruído.
 
E foi assim a história da princesa que foi passear e voltou com o dente quebrado. Ela passou pelas mãos mágicas da dentista e viveu feliz para sempre!!!
 
(Essa é uma história real, ocorrida em abril/12)

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Tati versão 3.4

E eis que na semana passada foi meu aniversário.

Se você já sabia, parabéns, é meu amigo...rs.

Se não sabia, pode anotar na agenda e me dar parabéns no ano que vem...rs.

Eu a-do-ro fazer aniversário e a-do-ro comemorações. Quanto mais, melhor! E esse ano não foi diferente. Desde uma pizza em casa, só com a família, até um barzinho só com amigos, teve de um tudo.

Não sei nem como agradecer a Deus tantas coisas boas. A saúde, em primeiro lugar. A família linda e abençoada que tenho. Os amigos queridos do coração. E o resto é trabalhar pra realizar. E bola pra frente!

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

O aniversário.

 
 
O aniversário passou e eu nem vim contar. Tá, eu sei, podem me bater. Mas é que tudo foi tão rápido, tão trabalhoso e tão gostoso ao mesmo tempo que não deu tempo. Então, antes tarde do que nunca...rs.
 
Ela completou 4 primaveras no último dia 06, uma quinta-feira, véspera de feriado. No dia do aniversário mandei um bolo pra cantar parabéns com os amiguinhos da escola. E ela quis que eu mandasse um vestido que comprei da Moranguinho pra trocar na hora do bolo. Ah, o tema foi Moranguinho, eu contei? Pois é...rs. Correu tudo bem, foi tudo ótimo, as crianças adoraram e se esbaldaram.
 
Esse ano foi o primeiro que ela realmente curtiu o aniversário, os preparativos, ficou ansiosa, fez contagem regressiva e tudo que uma aniversariante tem direito. No dia, madrugou.
 
"Mãe, já tá de dia?"
 
"Tá sim filha"
 
"Já é meu anivesálio?"
 
"É sim filha"
 
E ela veio correndo pra nossa cama, pulando em cima da gente.
 
"Eba mãe! Já pode puxá minha olelha. Me dá banho? Põe uma ropa bem bonita? Leva meu bolo? Bla bla bla...."
 
Nunca imaginei uma guria de 4 anos tão ansiosa e feliz com o aniversário. Claro que fiquei super feliz também. E achei tão bonitinho ela agradecendo quando as pessoas a cumprimentavam, como ela falava direitinho ao telefone com quem ligava pra ela... toda moça. Ai ai... Definitivamente, ela cresceu.
 
Pois bem, claro que, madrugando e tendo um dia tão agitado, ela tirou um cochilão voltando pra casa. Eu deixei. A noite a levamos ao shopping, tendo como companhia a tia e o padrinho, que ainda a levou no parque do shopping. Todos nos esbaldamos. Foi um dia delicioso!!!
 
E no sábado, dia 08, fizemos um churrasquinho só para a família e amigos maaaaaaais chegados. O dia estava lindo e ajudou bastante. Só pra ter cara de aniversário, fiz uma mesa personalizada que ficou bem bonitinha, modéstia a parte. Minha comadre deu as ideias e fez os moldes no computador, minha mãe imprimiu, eu montei tudo, e nós três, mais minha cunhada e prima (quantas mãos...rs) montamos no dia. Deu cara de festa, sem sair caro. Trabalho deu, claro, mas eu não morri com isso e achei bacana esse lance de "faça você mesma"...rs.
 
Nesse dia, novamente, ela madrugou, queria se arrumar logo, ficou me apressando, quis ajudar a arrumar e curtiu muito a festinha. A felicidade enche o meu coração de alegria. E mesmo que fosse só um bolo a faria feliz, o que muito me alegra. Porque estamos criando uma criança que dê valor aos sentimentos, a presença dos que a amam, e não ao tamanho da festa ou dos presentes. E parece que estamos conseguindo.
 
E foi isso gente. Preciso de um feriado pra descansar do feriado, mas o saldo foi mega positivo. E o que mais importa no final das contas? =)
 

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Contagem regressiva.

Essa foi a última foto grávida.


No próximo dia 06 minha pequena completará 4 primaveras. Eu nem acredito que tanto tempo passou. Nem acredito que ela está tão grande e tão esperta. Tão participativa e tão companheira. Tão carinhosa e tão impossível cheia de argumentos.
 
Todo ano fico numa contagem regressiva super nostálgica. Lembro do que estava fazendo quando estava grávida, prestes a parir. E como foi no primeiro, no segundo, no terceiro e avalio esse quarto ano. Fico feliz que da sementinha que plantei esteja brotando uma linda flor, perfumada e colorida. Dá trabalho, mas vale muito a pena.
 
Será que quando ela tiver 10, 20, 30 anos eu ainda farei essa retrospectiva? Será que ainda lembrarei dos detalhes? Eu ainda lembro, por exemplo, que no dia 03 de setembro de 2008 eu ainda não sabia que ela estava a 3 dias de nascer, mas já estava em licença maternidade. Me sentia bem, mas sem pique pro trabalho. Curtia o quartinho dela, as roupinhas, e dormia o quanto podia.
 
Lembro da última consulta com o meu GO, no dia 04, e que marcamos a cesárea (por opção minha gente, não culpem o médico). Lembro da mistura de ansiedade e medo que tomou conta de mim, e da alegria da família quando contamos que ela estava chegando.
 
Lembro que no dia 05 eu dormi bastante, arrumei o bercinho dela, cheirei as roupinhas, verifiquei as malas (que estavam prontas desde o 7º mês de gestação), naveguei pela internet e avisei "asamiga" mais próximas da novidade, e descansei mais um pouco. Lembro que passei na casa da minha mãe, e combinei que a buscaríamos pra irmos juntos ao hospital. E lembro que jantamos na minha sogra, e na hora de me despedir todos me desejaram "boa hora", e eu chorei feito bebê.
 
Aliás, a cada ligação durante o dia eu chorei. Porque a notícia corre, vocês sabem. Eu aproveitei pra fazer depilação e unhas, e meu celular não parou. Minha amiga-depiladora-cabeleireira falou: "Não fica falando quarto, hora, essas coisas. Fica quietinha, deixa pra receber visitas em casa, depois de uns 10 dias". Eu achei besteira, mas ela estava certa. Quem sabe se um dia eu tiver outro filho faço o que ela sugeriu.
 
Lembro que consegui dormir tarde pra caramba, e acordei cedíssimo. Fui tomar banho e chorei de ansiedade, medo, alegria, e sei lá mais o que. Alisei muito a barriga e cantei as nossas músicas pra ela pela última vez na barriga. Tirei as últimas fotos grávida. E fomos ao hospital.
 
Depois de toda parte burocrática, de toda parte médica (soro, anestesia, corte), lembro do meu marido ao meu lado, me acariciando, e o médico o chamando porque estava tirando a nenê. Lembro do seu chorinho delicioso. E da cara de felicidade dele. E do meu desespero querendo ver também. Segundos tornam-se horas!
 
Lembro que envolveram-na e trouxeram aquela coisinha melecada pra mim. Não chorei de soluçar, mas meus olhos encheram de lágrimas. Cheirei, beijei, falei com ela, olhei bem (pra conferir depois), e fiquei triste quando nos separaram.
 
Lembro que entre os pontos e me levarem pro pós-parto um século se passou. E que eu queria meu marido e minha mãe. E, acima de tudo, minha filha. E lembro que, depois de dor, hemorragia, quase desmaio e banho sentada, ela veio pro quarto.
 
Lembro da minha alegria ao pegá-la no colo, ao acariciar seu cabelinho tão preto, ao ver seus olhinhos de jabuticaba, ao cheirá-la, ao dar meu dedo para que ela segurasse, ao dar meu seio para que ela sugasse... Esse foi, sem dúvida, o melhor momento da minha vida!
 
E daí em diante a minha vida nunca mais foi a mesma. Se eu lembrarei de tudo isso daqui 30 anos, eu não sei. Mas que minha vida adquiriu outro sentido, eu não tenho dúvidas. E tudo isso eu devo a ela!

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Curtas - parte qual mesmo?




Chegando na escola, um grupo de pessoas conversavam na calçada, próximos ao portão de entrada. Falavam rápido demais e com sotaque nordestino.

"Mãe, não entendo nada que eles falam. Acho que é inglês."

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Em casa, decidindo com o que brincar.

"Mãe, pega aquela caixa pra mim. Mas só quelo a Barbi e o Barbo"

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Papai e mamãe incentivando a filhinha a pedir uma bicicleta de presente de aniversário.

Pai: "Filha, o que você prefere ganhar, uma boneca ou uma bicicleta?"

"Uma boneca"

Mãe: "Mas bicicleta é tão legal, suas amigas adoram andar de bicicleta."

"Mas eu quelo boneca mesmo."

Mãe: " Ah, eu adoraria ganhar uma bicicleta de presente..."

"Ué, mãe, pede uma pla você!"

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Falando de um amigo da escola:

"Aquele lá é mais sapeca que o Saci Pelelê"

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Sábado a noite, estávamos decidindo o que comer.

Pai: "E aí, vocês querem pizza, esfiha, lanche, o que?"

"Ah, papaizinho, você podia fazê aquele macarrão delicioso, né..."

(Depois dessa, claro que ele fez...rs)

 

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Segunda 13- parte 2




Pois bem, como eu estava contando, a coisa não parou na filha passando mal. No trabalho até que deu tudo certo (pelo menos uma coisa tinha que dar, hehehe).

Aí eu resolvi ligar para o atendimento da TIM pela trocentésima vez (perdi as contas de quantos números de protocolos já anotei) para resolver o bloqueio da minha linha. Eles aceitam qualquer documento pra vender a linha, e te bloqueiam logo em seguida, alegando que aquele documento não vale. Pois bem, a moça me disse que dessa vez a documentação estava ilegível. Catsu! Junta todos que já mandei, não é possível que todos estejam ilegíveis!!! E ela ainda pergunta se eu quero aguardar na linha pra responder a pesquisa de satisfação. Jura que ela quer que eu responda a pesquisa?

Pois bem. Resolvi ligar na minha ginecologista pra reagendar uma consulta que eu tinha marcado e só depois visto que era num horário impossível de comparecer. A secretária disse que tinha um encaixe para hoje, e eu pulei de felicidade! Deu meu horário, peguei minha filha (que eu não ia deixar na escola sendo que pode ficar comigo, mesmo tendo melhorado) e voei pra consulta.

O consultório é num lugar horrível de estacionar aqui na cidade. Muito, muito no centro. Perto do Fórum, da Prefeitura, enfim, no olho do furacão. Então, já sabendo disso, sempre saio com bastante antecedência, porque achar vaga é uma missão quase impossível. E pagar estacionamento está fora de questão, porque eles cobram absurdos.

Eu fiquei rodando VINTE minutos. Sabem o que é isso? E a guria já impaciente no carro, claro. Até que avistei um rapaz chegando num carro. Fiz sinal, perguntando se ia sair, e ele acenou que sim. Fiz jóia e já dei seta, pra nenhum engraçadinho se meter na minha vaga (a pessoa já estava a ponto de cometer um homicídio, pense bem). Ele ainda vem na minha direção e estica o ticket do Parquímetro, dizendo que ainda tinha mais de uma hora, se eu não queria ficar. Eu agradeci e peguei, achando estranho. Mas olhei bem e estava tudo certinho. Pensei: "Obrigada, Deus. Agora as coisas estão se encaixando. Uma alma boa cruzou meu caminho pra melhorar meu dia."

Estacionei, peguei a cria e fomos ao consultório. Nenhum, eu disse NENHUM carro parou para duas pedestres, na FAIXA, sendo que uma era criança, atravessarem. Danem-se as leis de trânsito, ou as de boas maneiras. É a lei do cão, e salve-se quem puder.

Cheguei na recepção do consultório e estava vazia... Estranhei, porque sempre está apinhada de gente. Sorri pra recepcionista e falei: "Nossa, não tem ninguém. Que milagre é esse?". E ela: "A doutora cancelou a agenda de hoje porque teve uma intercorrência com o marido. Não te ligaram cancelando a consulta?'

Peraí. Eu liguei HOJE e me encaixaram. Como é que não me avisaram que ela cancelou a agenda? Que raios de consultório é esse que não se comunicam??? Mas, para não matar ninguém (pense numa mulher segurando os nervos pra não dar vexame na frente da filha), eu respirei fundo e respondi, sorrindo: "Se eu estou aqui é porque não me avisaram, né..."

Ela pediu desculpas e reagendou minha consulta. Eu agradeci, segurei minha filha pela mão e fui embora. Liguei o rádio do carro, coloquei um CD infantil e saímos cantando feito doidas, até que ela cansou e dormiu. Eu continuei cantando, porque quem canta seus males espanta.

É ou não é pra ter medo de uma segunda 13? Eu vou olhar bem o calendário daqui por diante, porque na sexta eu nem vou ligar, mas na segunda... toc toc toc, bate na madeira que a bruxa tá solta!

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Segunda 13




Que sexta-feira 13, que nada. Terror mesmo é segunda-feira 13. E explico o porquê, e vocês vão concordar e ter dó de mim.

Começou no final do domingo, 12, dia dos pais. Ana Elisa reclamando de dor de barriga. Tadinha, ela não tem culpa, claro. Mas tudo que criança sente de mal estar e que não sabe identificar, é dor de barriga. Fiz massagem, fiz compressa, dei remedinho. Não quis jantar nadica. Como almoçou super bem e ainda beliscou aqui e ali (fizemos churrasco, e entre uma brincadeira e outra com os primos, assaltava o prato de alguém...rs), não encanei. Criança é assim, nuns dias come melhor, noutros não tão bem, e assim vamos. Mas ela não exagerou, disso tenho certeza. Tomou meio copo de leite e dormiu.

No meio da madrugada (meu sono não me deixa lembrar que horas foi isso), acordou reclamando de dor de barriga de novo. Trouxe pra nossa cama, fiz massagem e fiquei encostada nela, assim como fazíamos quando era bebê nas infinitas e terríveis cólicas. Ela fez que ia dormir e eu fiquei feliz. De repente, ela manda: "Mãe, acho que vô vumitá..." Mas não deu nem tempo de pensar... Enquanto meu marido já ia levando pro banheiro, ela já deixava o rastro: em mim, no edredom, no chão, no tapete do banheiro, nela e, finalmente, na bacia. O que fazer? Enquanto marido recolhia tudo o que sujou e limpava (santo marido), nós tomávamos banho. Naquela altura do campeonato, já colocamos a roupa pra sair (que seria dali menos de 2 horas).

Perguntei se queria leite, recusou. Bolacha água e sal, recusou. Biscoito de polvilho, recusou. Não insisti em nada. E não ofereci logo em seguida, cla-ro. Afinal, ninguém quer outro banho forçado, né. Enquanto eu tomava café, ela deitou num sofá e o marido no outro. Ela manda: "Pai, acho que vô vumitá di novo..." Dessa vez o papai foi mais rápido que o Flash e chegaram ao banheiro a tempo, foi só um pouquinho e na bacia. Afinal, nem tinha mais o que sair. Ela mesma disse que a dor tinha passado, e eu acho que o mal estar era isso e pôr pra fora aliviou. Ela voltou pro sofá e dormiu. Marido (que é autônomo e pode entrar às 9h, por exemplo), cochilou no outro. E eu, que entrava às 7h, saí de casa parecendo um zumbi...

Vocês acham que foi só isso que aconteceu na segunda 13? Mas é LÓOOOOGICO que não! Porque filho doente acontece nas melhores famílias, e eu jamais reclamaria. Esse foi só o começo de um longo dia, de desencontros e vontade de voltar pra cama e levantar de novo, dessa vez com o pé direito. Volto na quarta pra terminar de contar (isso se não surtar até lá...rs).

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Hora de dormir.

Num passado distante, ela dormia assim...rs.

Minha filha, desde os 2 meses (pasmem) dorme no quarto dela. Começou num acidente bebezístico (fez cocô e sujou o colchãozinho que ficava no carrinho, onde ela dormia, no nosso quarto) e não parou mais. Com dor no coração e desespero algum receio, coloquei-a no berço e fiquei com a babá eletrônica em mãos. Ela dormiu feito uma anjinha e eu não dormi nada...rs.

Mas ela sempre adormeceu no nosso quarto, pertinho da gente. Era nosso ritual. Ela mamava e ficava, e se aninhava, e dormia. Depois era colocada no berço, sem nem acordar. Mas aí as coisas começaram a ficar difíceis...

Difíceis porque ela começou a crescer, e a pesar, e as colunas começaram a reclamar...rs. Eu deixava pro papai pegá-la, porque eu já não dava conta. E ele começou a ter dores também. Afinal, são 23 kg distribuídos em 1,05cm de pura gostosura. E dormindo o peso triplica! Não dava...rs.

Então comecei a incentivá-la a deitar na sua caminha, colocava suas bonecas preferidas, contava alguma historinha, até deixava assistir um pouco de desenho e, depois de algumas tentativas em voltar a dormir na nossa cama, ela aceitou. E agora está curtindo o ritual!

Eu adorava que ela adormecesse comigo, adorava o cheirinho, adorava pegá-la no colo... mas tive que ter a consciência de que não vou poder carregá-la para sempre. E se eu crio minha filha para o mundo, isso também faz parte. Afinal, a mamãe não estará sempre junto pra levá-la pra cama.

Claro que às vezes ela adormece fora da cama (no sofá, no carro, na minha cama porque estava me esperando sair do banho), e claro que às vezes dou uma colher de chá (eles são ótimos em nos convencer de certas coisas, não é mesmo?...rs), mas ela está seguindo a nova rotina.

Se será sempre assim? Não sei. Afinal, nada com filhos é definitivo e eterno, exceto o amor!

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Santa energia!




Cesto de roupas transbordando para lavar.

Pilha de roupas gigantesca para passar.

Cabelo com creme, precisando lavar.

Horário marcado, portão automático trancado e sem a chave em casa.

Celular quase sem bateria.

Telefone sem fio....

E tudo isso SEM ENERGIA no bairro todo!!!

Aí sim a gente começa a semana com o pé direito...rs.

Boa semana! =)

domingo, 15 de julho de 2012

Boa educação.



Quando se é criança, somos autênticos e francos em tudo. Gostamos ou não gostamos. Tudo é bem simples. Conhecemos "melhores amigos" na praia, e fazemos novos "melhores amigos" no dia seguinte.
Damos beijo em quem gostamos, viramos o rosto e nos escondemos no meio das pernas da mamãe se é alguém de quem não gostamos. Tudo é muito simples.

Mas aí crescemos, e aprendemos que nem sempre podemos ser totalmente sinceros com as pessoas. Temos que cumprimentar aquela pessoa que não gostamos, porque esquivar-se disse é falta de educação. Mas, e cumprimentar só por obrigação, é educado?

Tenho ensinado a Ana Elisa da seguinte forma. Ela deve ser educada com todas as pessoas, dar "oi" e "tchau". Mas não precisa dar beijo. Beijo só é dado em quem ela gosta, em quem se sente a vontade pra isso. Sem forçar a barra, mas já iniciando no fantástico mundo da falsidade da educação.

Se concordo ou não com essa forma de lidar com quem não gostamos, é outra história. Manda o figurino que sejamos educados, e pronto. Quem inventou isso, eu não sei. Mas talvez o mundo fosse ainda mais duro se simplesmente ignorássemos aquelas pessoas com as quais não temos tanta empatia.

Porque, por mais incrível que pareça, essas pessoas podem ser apenas conhecidos, como também podem ser pessoas que lidamos diretamente, sempre. Como um colega de trabalho, o seu chefe, ou algum parente. Então, simplesmente ignorar não dá mesmo.

Mas, enquanto Ana Elisa não entende bem disso, vou orientando para que seja educada, mas que não seja falsa. Acho que é melhor assim.

Vocês concordam? Me cumprimentariam na rua?...rs.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Ajudante.




Hoje em dia os guris estão crescendo assustadoramente rápido.

Ana Elisa está na fase de querer me ajudar. Claro que não dou muitas tarefas a ela, mas estou delegando algumas básicas:

- Ela adora secar a louça, então deixo o que não quebra, nem fura, nem machuca de jeito nenhum, pra ela secar.

- Me ajuda a estender a roupa me dando os pregadores, e deixo as peças miúdas ao alcance pra ela recolher.

- Eu dobro e ela guarda as peças miúdas.

- Guarda os seus brinquedos sempre.

- Quer me ajudar a cozinhar, então me dá alguns ingredientes.

- Me ajuda a arrumar a mesa para as refeições.




Esses são alguns exemplos. Fora os brinquedos, nada é obrigatório, mas acho importante estimular a partir do momento que desperta a curiosidade. Não quero que cresça "folgada", sabe? Porque um dia essa vontade toda de ajudar, infelizmente, passa...rs.

E vocês, tem ajuda dos filhotes em alguma tarefa?

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Cena e observações.




Mês de junho. Quermesse na igreja. Pipoca e paçoca. Mãe observando a filha brincar. A filha juntou-se a outras crianças, de idades variadas, e se diverte muito. A mãe fica feliz com a felicidade da filha. Eles brincam de corda, abaixa-abaixa (duas crianças seguram nas extremidades da corda no alto, e vai abaixando aos poucos, enquanto as outras crianças passam por baixo). A filha chegou até o ponto em que a corda está tão baixa que tem que se arrastar no chão, e por muito pouco não ganha a brincadeira. E o melhor é que a filha não acha ruim ter perdido, encara numa boa. Viva São João, Santo Antônio e São Pedro!

Observação 1: Ela adora Festa Junina, em todos os detalhes, assim como eu! Os exemplos que damos, bons ou ruins, ajudam a formar o caráter e os gostos dos nossos filhos.

Observação 2: Acho lindo a capacidade das crianças fazerem amizade instantaneamente. Nem sabem os nomes umas das outras, só se dão bem e pronto.

Observação 3: Realmente, ela está crescendo. Ela perdeu e não chorou, não gritou, não bateu o pé. Ela curtiu a brincadeira e isso é lindo.

Observação 4: A gente dá banho, põe uma roupa bonita e limpinha pra passear, e a menina se arrasta no chão para conseguir passar por baixo da corda. Sempre me dá vontade de mandá-la tomar cuidado ou não se sujar, mas não faço. Ela, por si, é cuidadosa com suas coisas e não gosta de se sujar. Mas, no meio da brincadeira, nem pensou nisso. E não seria eu a chata que tiraria a filha da bagunça pra poupar a roupa, não é mesmo? Exceto se fosse algo perigoso, aí me intrometeria mesmo.

E, pensando nisso de sujar, não me lembro uma vez sequer de ter ouvido minha mãe comentando o que quer que fosse sobre sujar a roupa. Claro que não deixo rolar no chão de vestido branco, e nem minha mãe o faria. E é por isso que sabemos que roupa colocar em cada evento. Tive uma infância muito feliz, e isso também se deve ao fato da minha mãe ser amiga do sabão e não limitar nossa imaginação!

E você, gosta de festa junina? Deixa seus filhos a vontade?

P.S.: Só para constar, amanhã faz dois anos que minha nonna virou estrelinha. A dor diminui na mesma medida em que a saudade aumenta...