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domingo, 15 de julho de 2012

Boa educação.



Quando se é criança, somos autênticos e francos em tudo. Gostamos ou não gostamos. Tudo é bem simples. Conhecemos "melhores amigos" na praia, e fazemos novos "melhores amigos" no dia seguinte.
Damos beijo em quem gostamos, viramos o rosto e nos escondemos no meio das pernas da mamãe se é alguém de quem não gostamos. Tudo é muito simples.

Mas aí crescemos, e aprendemos que nem sempre podemos ser totalmente sinceros com as pessoas. Temos que cumprimentar aquela pessoa que não gostamos, porque esquivar-se disse é falta de educação. Mas, e cumprimentar só por obrigação, é educado?

Tenho ensinado a Ana Elisa da seguinte forma. Ela deve ser educada com todas as pessoas, dar "oi" e "tchau". Mas não precisa dar beijo. Beijo só é dado em quem ela gosta, em quem se sente a vontade pra isso. Sem forçar a barra, mas já iniciando no fantástico mundo da falsidade da educação.

Se concordo ou não com essa forma de lidar com quem não gostamos, é outra história. Manda o figurino que sejamos educados, e pronto. Quem inventou isso, eu não sei. Mas talvez o mundo fosse ainda mais duro se simplesmente ignorássemos aquelas pessoas com as quais não temos tanta empatia.

Porque, por mais incrível que pareça, essas pessoas podem ser apenas conhecidos, como também podem ser pessoas que lidamos diretamente, sempre. Como um colega de trabalho, o seu chefe, ou algum parente. Então, simplesmente ignorar não dá mesmo.

Mas, enquanto Ana Elisa não entende bem disso, vou orientando para que seja educada, mas que não seja falsa. Acho que é melhor assim.

Vocês concordam? Me cumprimentariam na rua?...rs.

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