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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Cena e observações.




Mês de junho. Quermesse na igreja. Pipoca e paçoca. Mãe observando a filha brincar. A filha juntou-se a outras crianças, de idades variadas, e se diverte muito. A mãe fica feliz com a felicidade da filha. Eles brincam de corda, abaixa-abaixa (duas crianças seguram nas extremidades da corda no alto, e vai abaixando aos poucos, enquanto as outras crianças passam por baixo). A filha chegou até o ponto em que a corda está tão baixa que tem que se arrastar no chão, e por muito pouco não ganha a brincadeira. E o melhor é que a filha não acha ruim ter perdido, encara numa boa. Viva São João, Santo Antônio e São Pedro!

Observação 1: Ela adora Festa Junina, em todos os detalhes, assim como eu! Os exemplos que damos, bons ou ruins, ajudam a formar o caráter e os gostos dos nossos filhos.

Observação 2: Acho lindo a capacidade das crianças fazerem amizade instantaneamente. Nem sabem os nomes umas das outras, só se dão bem e pronto.

Observação 3: Realmente, ela está crescendo. Ela perdeu e não chorou, não gritou, não bateu o pé. Ela curtiu a brincadeira e isso é lindo.

Observação 4: A gente dá banho, põe uma roupa bonita e limpinha pra passear, e a menina se arrasta no chão para conseguir passar por baixo da corda. Sempre me dá vontade de mandá-la tomar cuidado ou não se sujar, mas não faço. Ela, por si, é cuidadosa com suas coisas e não gosta de se sujar. Mas, no meio da brincadeira, nem pensou nisso. E não seria eu a chata que tiraria a filha da bagunça pra poupar a roupa, não é mesmo? Exceto se fosse algo perigoso, aí me intrometeria mesmo.

E, pensando nisso de sujar, não me lembro uma vez sequer de ter ouvido minha mãe comentando o que quer que fosse sobre sujar a roupa. Claro que não deixo rolar no chão de vestido branco, e nem minha mãe o faria. E é por isso que sabemos que roupa colocar em cada evento. Tive uma infância muito feliz, e isso também se deve ao fato da minha mãe ser amiga do sabão e não limitar nossa imaginação!

E você, gosta de festa junina? Deixa seus filhos a vontade?

P.S.: Só para constar, amanhã faz dois anos que minha nonna virou estrelinha. A dor diminui na mesma medida em que a saudade aumenta...

terça-feira, 19 de junho de 2012

30 anos.




Às vezes me pego pensando num post todinho pra publicar aqui, mas acabo não tendo tempo de escrever. E, quando me ponho a espancar essas teclinhas, fico na dúvida se já falei sobre esse assunto. Pelo sim, pelo não, escrevo. E se estou sendo repetitiva vocês leiam e finjam ser inédito, tá bom?...rs.

Entrei na crise dos 30 anos ao completar 28. Sim, coisa de doido. E aí decidi mudar o foco e planejar uma festança de 30 anos. Minha amiga-irmã-cumadi Larissa e eu completaríamos a mesma idade, em meses próximos, e realizaríamos uma festa de arromba.

E assim planejamos: uma festa com tema infantil no salão do prédio dela, com direito a pipoca e música de bailinho. Convidaríamos as nossas famílias e amigos mais próximos. Daria umas 100 pessoas.

Beleza, tudo combinado, começaríamos a por o plano em prática no começo do ano de 2008. Estávamos com 29 anos, mas tínhamos tempo pra organizar tudo.

Eis que... engravidei! O ano de 2008 foi todo dedicado a móveis fofos, enxoval, poltrona de amamentação e faixa decorativa.

Tá, uma barriga imensa não impediria uma festa, não fosse um detalhe básico, porém decisivo. Ana Elisa nasceu 20 dias antes do meu aniversário. Quem faz festa de arromba tendo uma recém-nascida em casa?

Por mim, passaria o meu aniversário dormindo, mas Ana não me permitiu...rs. Aliás, quase esqueci que era meu aniversário. Lembrei quando a primeira pessoa me deu parabéns. E essa pessoa foi meu marido, que me perguntou o que eu queria fazer.

Fazer? Oras, nada! Mas isso não combinava comigo, que adoro aniversário, adoro as felicitações e faço contagem regressiva.

Então naquela noite ele comprou algumas pizzas, levou pra casa da minha mãe (eu passava o dia lá) e chamou meus avós. E comemos, cantamos parabéns no volume -2 e meu aniversário não passou em branco. Ana Elisa até colaborou e me deixou comer um pedaço todinho de pizza antes de chorar.

Minha amiga? Também não fez festa. Foram os 30 anos menos comemorados que já vi...rs.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Namorados.



Mãe, você é namolada do papai?

Sou filha, sou namorada dele.

Então vocês vão casá?

Nós já casamos, filha.

Mas mamãe, quem namola não é casado!

Filha, nós somos casados, mas eu continuo sendo a namorada do papai.

Hum, quando eu quecê (crescer) vou namolá também, né.

Isso filha, só quando você crescer.

Mãe, tenho que alumá a festa!

Que festa, do seu aniversário?

Não, né. Do casamento de vocês.

Filha, mas eu já disse, nós já casamos.

Não, mãe, casamento de vedade. Com vestido, festa, bolo...

Filha, nós tivemos tudo isso. Eu te mostrei a foto, lembra?

É mesmo... Mas eu não tava lá. Casa de novo então, vai...

(Conversas onde os argumentos terminam...rs. Feliz dia dos Namorados!)

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Pequenina.



Ela já escolheu o tema do seu aniversário. Eu ainda não sei o que faremos. Mas ela pediu o bolo com o tema escolhido, e uma camiseta, e eu não tenho como recusar. Mesmo que seja só um bolinho pra comemorar com os amigos da escola, ela terá o bolo.

Ela não é uma criança pidona. Ela vê anúncios na TV e diz que gosta, ou que não gosta, me chama pra mostrar e diz o que o brinquedo faz, vê uma roupa bacana no shopping e diz que achou bonita. Mas não fica pedindo, não exige nada.

O que ela tem é senso estético aguçado. Eu escolho a roupa, mas na maioria das vezes ela opina. Se não gostou, fica difícil convencer de usar. E eu, naquele misto de mãe que manda e mãe que ouve, deixo que argumente sobre o porquê não usar a tal roupa. Só não deixo usar roupa de calor no frio, e vice-versa.

E nesses momentos em que argumenta, eu vejo como está grande. E isso está me doendo, gente. Toda mãe passa por isso, nuns dias mais que em outros, mas passa. E hoje estou especialmente assim. Ela foi no quarto, pegou o travesseiro, o cobertor, a boneca e deitou no sofá. Pediu um iogurte e comeu sozinha, sem sujar nada. Colocou a colher na pia e o potinho junto com os recicláveis.

Ai meu Deus, faz o tempo passar mais devagar, por favor. Porque, enquanto ela era bebezinha e acordava de madrugada, ou mal dormia, ou acordava bem quando eu entrava no banho, eu me perguntava quando é que aquilo ia passar. E passou voando.

Parece que o tempo deu um salto e ela está aqui, grande, esperta e independente. E eu não vi. E paro pra pensar em como ela era, no que fazíamos em cada fase, e vejo que aproveitamos cada uma delas. E sinto um aliviozinho chegando, porque se o tempo realmente desse um pulo e não aproveitássemos juntas, eu não me perdoaria.

Ah, filha, como eu te amo. Mas fica um pouquinho mais assim, pequena, cabendo no meu colo e eu te levando pra cama, já dormindo.