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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Pequenina.



Ela já escolheu o tema do seu aniversário. Eu ainda não sei o que faremos. Mas ela pediu o bolo com o tema escolhido, e uma camiseta, e eu não tenho como recusar. Mesmo que seja só um bolinho pra comemorar com os amigos da escola, ela terá o bolo.

Ela não é uma criança pidona. Ela vê anúncios na TV e diz que gosta, ou que não gosta, me chama pra mostrar e diz o que o brinquedo faz, vê uma roupa bacana no shopping e diz que achou bonita. Mas não fica pedindo, não exige nada.

O que ela tem é senso estético aguçado. Eu escolho a roupa, mas na maioria das vezes ela opina. Se não gostou, fica difícil convencer de usar. E eu, naquele misto de mãe que manda e mãe que ouve, deixo que argumente sobre o porquê não usar a tal roupa. Só não deixo usar roupa de calor no frio, e vice-versa.

E nesses momentos em que argumenta, eu vejo como está grande. E isso está me doendo, gente. Toda mãe passa por isso, nuns dias mais que em outros, mas passa. E hoje estou especialmente assim. Ela foi no quarto, pegou o travesseiro, o cobertor, a boneca e deitou no sofá. Pediu um iogurte e comeu sozinha, sem sujar nada. Colocou a colher na pia e o potinho junto com os recicláveis.

Ai meu Deus, faz o tempo passar mais devagar, por favor. Porque, enquanto ela era bebezinha e acordava de madrugada, ou mal dormia, ou acordava bem quando eu entrava no banho, eu me perguntava quando é que aquilo ia passar. E passou voando.

Parece que o tempo deu um salto e ela está aqui, grande, esperta e independente. E eu não vi. E paro pra pensar em como ela era, no que fazíamos em cada fase, e vejo que aproveitamos cada uma delas. E sinto um aliviozinho chegando, porque se o tempo realmente desse um pulo e não aproveitássemos juntas, eu não me perdoaria.

Ah, filha, como eu te amo. Mas fica um pouquinho mais assim, pequena, cabendo no meu colo e eu te levando pra cama, já dormindo.

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