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terça-feira, 6 de junho de 2017

Ser mãe.

Ser mãe é um eterno aprendizado. Ser mãe é viver a tal da culpa em sua plenitude. Ser mãe é se questionar a cada decisão tomada.

É terça-feira. Chove, ininterruptamente, desde ontem. Ana Elisa tem que acordar cedo para ir à escola. Me corta o coração ter que tirá-la do quentinho.

Fui criada sabendo que só faltamos a aula se estivermos doentes. Ou se for absolutamente impossível ir por algum outro motivo relevante. Ana Elisa não tem nenhuma falta até agora nesse ano letivo.

Eu, enquanto criança, me perguntava o porquê de minha mãe levar essa regra tão a sério. Eu, enquanto mãe, entendo perfeitamente o que ela queria dizer. E também entendo a Ana Elisa, às vezes, querer me convencer a não ir à aula justamente porque não tem nenhuma falta.

Mas eu sou a mãe, e a mãe sabe que é preciso. A mãe explica, convence, aquece a filha e manda para a escola. Fica com o coração apertado, mas faz o que é preciso.

E então percebe que várias crianças não foram justamente porque está chovendo. E não sabe se é uma boa mãe ou uma mãe má. Mas no final das contas o que forma o caráter das pessoas não é exatamente o que plantamos durante a infância?

Me convenço de que fiz o certo e sigo o dia, rezando para que ela entenda isso também.

Ser mãe é amar um serzinho mais que a si mesmo, e pesar tudo, para que essa criança um dia também pese bem as consequências dos seus atos (que às vezes são meio contraditórios).

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