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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Curtas - parte 5

Ela está crescendo. E, consequentemente, tudo vai mudando.

As brincadeiras, o comportamente, a fala.

Bobói virou dodói. Memei tirou teminei. Papá virou amoço ou janta. Fala os plurais e faz concordâncias (não acerta todas ainda, grazadeus...rs).

Não me preocupo com lugar pra trocar fralda (mas sim com banheiro), come o que estivermos comendo (nada de pimenta mexicana, pelamor), só levo o seu suco pra onde for.

E é eloquente que só ela. Conta tudo com uma clareza de raciocínio que espanta (a mãe, claro...rs).

A bisa caiu e fraturou o fêmur. Ela vai comigo visitá-la quase diariamente. Chega lá e quer ajudar a bisa, que está "dodói".

Troca coisas de lugar, joga o lixo no lixo e depois manda:

"Ponto, bisa, tá tudo bonito. Pode naná agola".

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Enquete.

Pergunta 1:

Uma pessoa chega para visitar sua avó. Você vai recebê-la no portão. Ela nunca te viu mais gorda na vida.

Ela pergunta: "Você é a filha dela?"

Você responde: "Não, sou a neta."

O que você conclui?

a) Foi um elogio à sua avó, que está super conservada no alto dos seus 86 anos.

b) Ela te chamou de velha. Te achou acabada e te mandaria pro cirurgião plástico hoje mesmo.

Pergunta 2:

Vai ao mercado com sua filha e encontra uma amiga lá.

Essa amiga te diz: "Nossa, o que está acontecendo? Está com uma cara de cansada que nunca vi antes!"

Você explica que sua avó caiu, quebrou o fêmur e você está além das suas 381 funções ajudando-a.

Dois corredores mais a frente, encontra um amigo que não via há um bom tempo.

Ele diz: "Nossa, Tati, que cara de cansada."

Você respira fundo e explica a história novamente.

O que você conclui?

a) Que está realmente precisando descansar.

b) Que está realmente acabada, e pede o telefone do cirurgião plástico que a outra queria te indicar.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Curtas - parte 4 (de quantas?...rs)

Dia agitado, noite agitada.

Ana Elisa tem acordado algumas vezes a noite, chorando e chamando a mamãe. O pior é que faz o maior dramalhão mexicano:

"Mamãe, puque foi imbola? Puque me dexô aqui? Vem ficá cumigo!"

E lá vai a mãe, morrendo de sono e de frio, acalmar a pequena Ana Elisa Helena Gutierrez (bom nome mexicano, não?). Daí ela fala:

"Ai mamãe, obigada. Eu tava cum medo, agola passô. Você é fofa".

Eu resisto?

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E quando ela não me chama ao seu quarto, vem ao nosso.

Desvantagem de dormir em cama agora. Levanta a hora que quer, não dá mais pra enrolá-la.

Ouço os passinhos no corredor. Quando abro os olhos, lá está a mocinha.

"Mamãe, tem lugá pá mim?"

Sempre tem, filha. Sempre tem.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Considerações.

Muito se falou e se leu nesses dias sobre o movimento das mães denominado "Mamaço". Quer saber mais? Clique na palavra e vá direto ao link da Folha, que fala mais sobre o assunto.

Acompanhei vários blogs que defenderam o direito de amamentar livremente, onde quer que seja. E também vi alguns (poucos) que acham que o Itaú Cultural tem lá seu direito de ter suas regras do que pode ou não pode fazer em suas dependências.

Pensei, pensei e cheguei a algumas conclusões. Partilho algumas com vocês:

- Talvez o Itaú Cultural devesse ter alguma sala reservada para que as mães dêem de mamar mais a vontade, sem precisar sentar em qualquer lugar pra saciar a fome de seu rebento.

- Nenê não escolhe hora e nem lugar pra mamar, isso é fato. Então os organizadores também deveriam ter usado de bom senso pra lidar com a questão.

- Mães unidas jamais serão vencidas. Eles mexeram com a raça mais unida e ciente do seu papel na sociedade. Cada vez mais as mães lutam por uma maternidade mais natural, com parto normal e amamentação em livre demanda a todo custo. Então, estava na cara que elas (digo elas porque não fiz parte do movimento) fariam algo a respeito.

- As redes sociais estão abertas a todo tipo de gente. Nunca se sabe se a foto é um álbum de família ou um doido pedófilo. Talvez a triagem deva ser melhor feita.

- Não postei foto amamentando por 3 motivos. Primeiro é que não tenho nenhuma no meu computador, somente impressa. Segundo porque consegui amamentar tão pouco tempo que mal deu pra tirar fotos. Terceiro porque não me sentia a vontade amamentando em público, que dirá pedir pra alguém ficar fotografando. Sair de casa, pra mim, era um martírio. Só em pensar que ela podia querer mamar enquanto estivéssemos fora de casa me dava agonia. Eu tinha muita dificuldade na amamentação, não dava pra simplesmente tirar a peitola, botar na boca da criança e cobrí-la com uma manta. Tinha toda uma técnica, todo um jeito, e não era no meio do supermercado que eu faria aquilo.

Mas esse "pudor" é meu, não quero que ninguém concorde e nem que apoie. Acho super válido as mães lutarem por aquilo que acreditam e sejam ouvidas. Mas isso não quer dizer que todos precisem concordar. Afinal, vivemos numa democracia, ou não?

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Seria...





Hoje seria aniversário da minha nonna. Essas datas mexem com a gente, ainda mais se tratando de alguém de quem ainda sentimos MUITA saudade.

Acredito, de coração, que ela está bem onde está, e que a saudade faz parte da vida de quem amou de verdade.

Preferia dar um abraço, um beijo, sair pra almoçar com a "mocinha", como nos anos anteriores. Mas, já que não dá, faço minha oração e nossos corações ficam pertinho...

Pode parecer piegas, mas adoro aquela frase: "Saudade sim, tristeza não". E é assim que deve ser.