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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Recordar é viver.

Estava eu separando o uniforme para minha pequena ir à escola no dia seguinte quando me lembrei de fatos da minha época escolar. Nada demais, mas daqueles fatos que nos dão saudade de uma época que não volta. Como diria o ditado, época em que eu era feliz e não sabia. Ou sabia, mas inventava problemas porque não tinha nada melhor pra fazer.

Estudei da 1ª à 8ª série na mesma escola, uma unidade do SESI. Lá aprendi a ser gente, formei meu caráter, fiz amigos e odiei algumas pessoas, tive aulas de tudo quanto foi coisa (desde artes industriais à educação moral e cívica- e se me chamar de velha vai apanhar...rs).

Toda 5ª feira nos reuníamos no pátio para entoarmos o Hino Nacional. Era regido (isso, regido mesmo) pela  professora de história Mieko. E graças a ela nós aprendemos a maioria dos Hinos, desde o Nacional ao da Pátria, passando pelo Hino da nossa cidade. Patriotismo em primeiro lugar.

A escola tinha regras muito, muito rígidas. Só entrávamos de uniforme (exceto quem teve seu uniforme levado pela enchente...rs): calça e jaqueta azuis claros (Smurf´s mesmo), camiseta branca com emblema, meias brancas sem qualquer detalhe de outra cor (e sim, até isso era fiscalizado) e tênis azul marinho. Quando eu estava na 5ª série o uniforme mudou para: calça e jaqueta pretas, com um friso vermelho, camiseta branca, meias brancas e tênis preto. Nada de boné, nem brinco para os meninos, nem meia de bichinhos, nem nada de nada.

E nos dias de muito frio só era liberada blusa preta ou branca, por baixo da jaqueta. E ai daquele que não cumprisse isso. Era levado à diretoria e assinava o livro negro (que eu nem sei se era negro mesmo porque nunca assinei, grazadeus).

Com toda essa rigidez é óbvio que odiávamos o uniforme. E adorávamos um dia específico do ano. Na semana das crianças, na 6ª feira, éramos liberados do uniforme e podíamos ir com a roupa que quiséssemos. 

Nem preciso dizer que era o acontecimento do ano! A semana toda pensando em que roupa usar, que meia, que tênis. Pensava tanto que chegava no tal dia ainda sem saber o que usar. E era um desfile de moda, cada um podendo usar seu estilo, mostrar sua personalidade através do que vestia. Mas na 2ª feira tudo voltava ao normal e éramos um bando de pessoas iguais.

Hoje é claro que entendo o uso do uniforme, e adoro. Nada como acordar, vestir o uniforme sem precisar pensar muito e ir pra galera. Mas no alto dos meus 12 anos eu odiava a tal "farda", não via a hora de sair daquela escola pra vestir o que eu quisesse. Tolinha...rs.

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