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domingo, 27 de junho de 2010

Quarto capítulo.


4- Mãe de todos.

Que eu tenho um monte de manias, vocês já sabem. Que eu "era" perfeccionista, agora sou mais "light", também (quer dizer, a casa parece em ordem, mas se você abrir um armário corre o risco de ser golpeado por algum objeto tentando fugir...rs). Que eu gosto de tudo "ornando", ah, isso já estão carecas de saber.

Mas o que alguns de vocês talvez não saibam é que eu sou e sempre fui a "mãe de todos".

Como assim? Bem, desde pequena sou aquela que quer arrumar uma brincadeira em que todos participem, que faz o trabalho em grupo sozinha, que leva um monte de canetas pra escola caso alguém precise, e por aí vai.

Só que a minha preocupação vai além de coisas materiais. Eu me preocupo se um amigo chegou bem em casa, se está agasalhado, se comeu no caminho durante uma longa viagem, se melhorou da gripe, se foi ver a unha encravada, etc e etc.

E, como toda mãe que se preze, eu quase sempre acho que tenho razão. E as vezes tenho mesmo, mas é aquela razão de mãe, aquela razão de quem se preocupa, que quer o bem acima de tudo, e não uma preocupação de amigo, que dá sua opinião e tá pouco ligando se o outro contrariar e quebrar a cara. Claro que se o amigo quebrar a cara eu dou colo, aconchego e abrigo, mas deixo bem claro que desde o começo eu tinha razão.

Acontece que nem todos entendem esse meu lado "mãe" de ser. As pessoas querem viver, quebrar a cara, levantar e cair de novo. Não querem uma mãe além da sua própria, e aí eu fico sentida (porque ficar sentida é algo inerente a minha pessoa, seja lá pelo que for).

Então, aos poucos, eu vou aprendendo a ser só amiga, a guardar minha proteção praquela que realmente precisa, e não querer guardar todos aqueles amados embaixo da minha asa.

É difícil, mas aos poucos chego lá!

Beijomeliga!

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