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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Lilla.

Lilla Lilloca, cara de pipoca!
Você cresce numa bela casa, amplo sobrado, mas quase sem quintal.

Um dia seus pais fazem uma pequena reforma e um quintal, finalmente, faz parte da casa. Essa é a chance que você esperava, comprar um cachorrinho.

Você vai em busca do tal animalzinho e encanta-se com uma poodle branca. Sem dúvidas a escolhe, e ela logo se aconchega no seu colo. Dá-lhe o nome de Lilla.

Leva-a pra casa e esta enche-se de alegria! Um filhotinho dá trabalho, mas dá tanta alegria que tudo compensa.

O tempo vai passando e a cachorrinha passa a ser membro da família. Não mais rói sapatos e nem meias. Passeia pela rua sem coleira e é obediente.

Ela te acompanha em todos os momentos: vela teu sono quando está doente, corre pela praia num dia ensolarado, lambe tua barriga quando você engravida, enfim, é mais que uma amiga.

Um dia ela adoece, mas te poupa de presenciar qualquer crise. Você, grávida, nem imagina a gravidade da doença, embora seus pais te relatem parcialmente.

Ela é internada e você a visita. Faz-lhe carinho e chora muito. Ela tem alta. E volta a ser internada.

Até que um dia ela é internada novamente e seu pai acha melhor que você vá visitá-la, pois não sabe quanto tempo durará.

É uma quarta-feira e lá vão vocês: seu pai, sua mãe e você rumo ao hospital veterinário. Ela está dormindo, sedada, mas dá uma grande suspirada quando você acaricia sua cabeça. Claro que você chora, pois durante esses 8 meses de gestação sempre imaginou sua filha brincando com a Lilla, e nunca passou pela sua cabeça viver sem essa amiga de 4 patas.

Na noite dessa mesma quarta-feira, 27/08/2008, Lilla deixa esse mundo e vai brilhar no céu. Sua família pensa em não te contar, temendo sua reação a essa altura da gestação. Mas acabam contando, pois esconder seria pior.

Você chora, tem contrações fortes e quase desmaia. Depois vai se acalmando, até que as contrações passem. No dia seguinte vai ao médico, que garante que agora está tudo bem, mas a forte emoção poderia ter antecipado o parto sim.

Hoje você tem certeza que a Lilla te poupou das cenas ruins, que ela queria que você somente lembrasse dos bons momentos vividos juntas. E você sabe que ela foi, realmente, a "amiga" da sua vida!

Lilla, quem nunca teve animais de estimação não me entenderia. Mas você sabe o quanto ainda sinto sua falta...

1 comentários:

Ana disse...

Tati é com sinceridade que digo: sinto muito.
Perdi meu companheiro no final do ano passado e sei muito bem o que é essa dor.
Fique com Deus e mantenha a calma.
Lila te deu todo amor que ela tinha agora deixa a saudade que nada mais é : "o amor que ficou".
Novas alegrias estão por vir :)
Beijos

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