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quinta-feira, 25 de março de 2010

Recordar é viver.


No último post falei sobre minha amiga Fabiana e mencionei um colega de escola, Fabio, que me torrava a paciência. E fiquei lembrando daquela época (tão, tão distante) e resolvi compartilhar com vocês.

Ele, coincidentemente, era primo da minha melhor amiga da pré-escola, Mirela, e sabendo do fato logo nos tornamos amigos também. Morávamos perto, fazíamos trabalhos juntos, éramos presença certa no aniversário um do outro, tudo ia bem.

Se não me engano estávamos na 6ª série. Ele era o "líder" da nossa turma, era o mais baixinho, o mais novinho e o mais nervosinho (fama de todo baixinho, aliás...rs). A turma era legal, marcávamos bailinhos, íamos ao cinema (tudo supervisionado por alguma mãe, claro), íamos ao clube (estudei no SESI, e ao lado da escola tinha o Centro Esportivo, um clube), matávamos juntos as aulas de Educação Física. Até que um dia....

De repente, não mais que de repente, ele resolveu me pegar pra Cristo! Nas aulas de Educação Física eu era deixada de lado, eles marcavam de irem ao cinema e não me convidavam, nas aulas de Educação Artística eu tinha que sentar em outra mesa (sentávamos em mesas redondas, enormes, onde cabiam umas 6 ou 8 pessoas), nas aulas de CAI (Artes Industriais) eu de novo ficava sem grupo, nos trabalhos eu que me virasse pra fazer sozinha, e por aí vai.

Todo santo dia eu chegava chorando em casa. E minha mãe, pacientemente, me fazia ver que ele era um coitado, que fazia aquilo pra tentar se aparecer, que eu não ligasse e ficasse com outras pessoas. Eu ouvia, entendia, mas no outro dia tudo se repetia. E a turma (exceto a Fabiana), entravam na onda. Perto dele não falavam comigo, longe dele eram meus amigos (da onça, course).

Nessa época as garotas da turma e eu fazíamos um curso a tarde num dos prédios do SESI. E as vezes os meninos se reuniam e apareciam lá na saída. Eu tentava ficar com eles, mas eles me ignoravam. Só que um dia, do nada, aquele papo da minha mãe entrou no meu cérebro (caiu a ficha). Peguei minhas coisas e saí andando. O tal marrentinho ainda gritou: "Hei, não vai esperar a gente pra ir pro ponto (de ônibus)?". Eu falei: "Não, a gente vem pra cá fazer amigos, e vocês não são, então não preciso de vocês!" Ainda pude ver a cara de pamonha dele, parado, olhando pra mim. Segui em frente, bela e saltitante, me sentindo a menina mais porreta do mundo...rs.

E nos dias seguintes ele veio tentar papo, a turma também, e eu ignorei. Fiz novos amigos (ainda trocava 2 palavras com alguns, mas com a maioria não dei nem mais bom dia), mudei minha rotina e meu modo de ser.

Fabio, quero te agradecer, a sua ignorância me fez uma pessoa muito melhor! =)

3 comentários:

Taty disse...

kkkk... adorei a revanche da bonitinha da Charrete! Esse Fábio, por acaso, é o padrinho da Ana Elisa?

Fabiana Arrepia disse...

ADOREIIIIII...kkkkkkkk Me fez passar um filme na cabeça, agora....TE AMOOO DE MONTÂO!!

Fabiana Arrepia disse...

Adorei ......passou um filme na minha cabeça....kkkk TE AMOOOOOO de montão.

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