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terça-feira, 18 de maio de 2010

Sustãozão.


Você, em sã consciência, provocaria briga por motivos duvidosos com uma grávida de 7 ou 8 meses, e nem deixaria que ela debatesse contigo? O que, acha isso o cúmulo? Pois bem, aconteceu comigo...

Estava na escola, horário de saída da turma da manhã. Uma mãe estava no portão, as filhas vieram buscar o material porque não viriam mais. Até aí tudo bem. Fui levar um aluno ao portão e vi que a tal mãe estava reclamando de mim. Me acusava de coisas absurdas, ridículas e impraticáveis por alguém que lida com crianças há tanto tempo, como eu.

Ela falava, falava, falava e eu ouvia. Quando pareceu terminar, tentei argumentar, explicar, mostrar que crianças fantasiam (algumas mentem, como no caso), mas ela me cortou, disse que não queria saber da minha versão, pegou as filhas, colocou-as no carro, me disse uns desaforos e saiu cantando pneu.

Desci, sentei na diretoria e chorei, chorei, chorei até as lágrimas secarem. E desmaiei (meu organismo reage assim quando algo não está bem, apaga). Vieram me acudir, me colocaram no chão e ligaram pro meu marido. Acordei e percebi que estava com contrações (já sabia que eram contrações por causa do episódio do colchão).

Meu marido veio voando e me levou ao hospital mais próximo. Chegando lá, vi que a fila pra passar no clínico geral estava imensa! Pedimos pra me passarem na frente, mas a atendente nem sequer levantou os olhos pra dizer que não podia fazer nada. Pedimos pra me deixarem numa maca esperando então, mas negaram novamente. Então uma atendente que lá passava me falou pra ir ao setor de ginecologia, explicar o caso e passar direto com o ginecologista.

Lá fomos nós. A recepcionista dessa vez foi simpática, mas disse que o ditocujo só chegaria após as 14h, e era 12:30 aproximadamente. Nem pensar que ficaria ali, tendo contrações, durante mais de uma hora. Fomos a outro hospital, no centro da cidade.

Lá o tratamento foi completamente diferente. Um atendente veio até o carro, e quando viu que eu estava grávida foi buscar uma cadeira de rodas. Me levou ao setor de Ginecologia e Obstetrícia enquanto meu marido fazia a ficha. Me deixou na sala de espera, mas avisou a recepcionista que eu cheguei em emergência e pediu que me passasse na frente. Depois de umas 2 grávidas prestes a parir, o GO me atendeu. Super calmo, atencioso (e bem recomendado pelas futuras mamães que estavam lá pra consulta), ele me examinou e disse que o colo do útero estava fechadinho, bom sinal. Me deixou em observação, me deu uns remédios (até pra me acalmar, claro) e pediu uma US pra ver se estava tudo bem. As contrações foram diminuindo e eu me acalmando (porque até esse momento eu chorava muito e maldizia a #$&¨%@!@(*&)$#% daquela mãe).

Quando minha pressão normalizou fui fazer a US. Outra médica super delicada, me mostrou a bebê, ouviu coração e me garantiu que estava tudo bem. Graças a Deus! Nesse momento fiquei mais aliviada, as contrações cessaram e a fome apareceu (saí da escola sem almoço e sabe-se lá que horas já eram).

Voltei ao médico. Ele me examinou de novo, viu os exames e me liberou. Pediu pra que ficasse um dia em repouso, evitasse pegar peso, etc etc. Agradeci imensamente a atenção, passamos na lanchonete do hospital e fomos pra casa. Tomei banho e apaguei!

Durante toda essa saga, meu marido dava um jeito de ter notícias minhas, pedindo até pra uma gestante que entrava em consulta pra perguntar por mim...rs. Eu bem que pedi pra ele passar na casa da mulher pra tentarmos atropelá-la, mas ele não quis, não sei porque...rs.

O final da história é feliz. Segui minha gestação até 39 semanas e 3 dias, pari minha filhota através de uma cesareana e fomos felizes para sempre!

P.S.: se você é estouradinho, pense duas vezes antes de provocar uma grávida, você pode acabar se tornando responsável por um parto prematuro (ou algo pior, deusolivre).

1 comentários:

Monica Uehara disse...

Credo Tati! Não sabia que tinha acontecido isso com vc, menina! Que pessoa sem noção essa heim. Devia estar muito infeliz na vida para fazer uma coisa dessas.

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