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domingo, 24 de outubro de 2010

Amamentação.


Como eu já disse aqui no blog, amamentação foi um assunto que eu quase ignorei durante a gestação (até fiz massagem com bucha vegetal e tal, mas não passou disso), e talvez essa minha ignorância tenha me atrapalhado no período em que mãe e filho estão se conhecendo.

Aí vem aquele lance de livre demanda x rotina. Olha, acho que na teoria a livre demanda é mais legal, o bebê ganha mais peso e tem o direito de escolha, mas na prática não é bem assim.

A mãe não tem hora pra nada. E quando digo nada é nada mesmo! Ana Elisa mamava a toda hora (depois descobri que não tinha mamado o suficiente), e a coisa piorava quando ia anoitecendo. Meu pai dizia que era a "crise das 18h"...rs. Ela chorava, nada estava bom, nem mesmo mamar a acalmava. Mas em contrapartida ela dormia bem a noite, e aí eu podia descansar um tiquinho.

Nesse período eu não podia programar nada. Vi que algumas mães conseguiam deixar suas crias pra poder ir ao salão tratar os cabelos, ou fazer as unhas, fazer comprinhas básicas ou até mesmo almoçar/jantar fora com o marido.

Aqui isso não rolava. Ana Elisa ia comigo pra todo canto, e se eu não podia levá-la ela também não ia. Não me arrependo disso, mas confesso que nesse período, em que já estamos passando por tantas mudanças, o fato de ter que abrir mão totalmente de tudo que me fazia sentir bem pesou um pouco.

A primeira vez que fiz as unhas e tratei o cabelo depois que ela nasceu foi para o seu batizado, e ela tinha pouco mais de 2 meses. Me senti renovada e feliz com aquele meu momento, e isso refletiu na minha calma com ela também. Só que nessa fase ela já alternava mamadas no peito e leite artificial, então se reclamasse dava pra dar mamadeira na boa.

O que estou querendo dizer? Bem, não sou dona da verdade e nem pretendo ser, mas levanto a bandeira de que não há uma verdade universal, que seja boa pra todas as mães.

Se você dá peito em livre demanda, parabéns. Se estabeleceu uma rotina, legal. Se teve que partir pra mamadeira, não sinta-se mal, saiba que seu filhote sente o mesmo carinho só pelo seu toque e atenção. Se você consegue deixar uma criança pequena com alguém para sair, é felizarda! Mas, se como eu, raramente consegue alguém pra ficar com a cria, não ache que é o fim do mundo. Encare como um período transitório, porque logo a criança cria asas e você até vai sentir falta do tempo em que eram grudados...

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