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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Grande dia.







Era 8 de dezembro de 2001.



Após quase 8 anos de namoro, 4 anos de noivado, um apartamento reformado e mobiliado, muitos preparativos, o grande dia chegou.



Ela acordou por volta das 9 horas. Arrumou a cama, se trocou e desceu. Viu um buquê de rosas sobre a mesa da cozinha, a nonna que havia mandado.



Enquanto tomava café com a mãe, a avó chegou. Estavam conversando quando a avó começou a falar que daqui poucas horas ela estaria casando. Um mar de lágrimas invadiu seu rosto sardento, mas logo passou.



Almoçou em casa mesmo, macarrão com manteiga feito pelo pai. Se trocou e foi para o salão.



Lá ela praticamente esqueceu de todo nervosismo e curtiu a mordomia: massagens, banho de ofurô, manicure, pedicure, cabelereira e um baita café da tarde.



Enquanto isso, lá fora, o mundo acabava em água. Chovia muito, tudo alagado pela cidade, a família preocupada com seu nervosismo, mas ela nem percebia a intensidade da chuva. Só ouvia aquele barulhinho gostoso das gotas batendo nas vidraças grandes do salão.



Subiu para se trocar. Ficou maravilhada com sua imagem vestida de noiva no espelho. O coração começou a bater mais rápido.



Nessa hora o fotógrafo, conhecido de longa data, chegou. Tirou algumas fotos no salão e a tranquilizou, dizendo que o amigo-motorista já estava lá fora com o pai, esperando por ela.



Calmamente ela desceu as escadas e caminhou pelo salão. Todos viraram para vê-la. Saiu, deu um beijo no pai, no amigo e entrou no carro.



Enquanto iam pra casa da daminha para pegá-la, viu todo o estrago que a chuva tinha causado. Mas Deus é tão bom que àquela altura não caía mais uma gota do céu.



Apanharam a daminha, que estava uma fofura, e foram em direção a igreja.



Pararam na porta. A mãe veio dar um alô. A expressão de alegria ao vê-la dispensava qualquer palavra. Sabia, então, que realmente estava bela naquele vestido branquíssimo, com bordados dourados.



O pai do noivo ainda estava estacionando o carro. Então deram uma volta para que ele pudesse entrar na igreja e ninguém viesse vê-la antes da hora certa.



Uma madrinha não chegou a tempo, ficou ilhada nalgum lugar da cidade. Mas sua cunhada assumiu o posto e o cortejo de entrada começou.



Ela saiu do carro. Sua madrinha veio ajudá-la com o vestido na escadaria. Deu o braço ao pai. Esperou o toque certo da música e começou a caminhar no corredor principal (que aquela altura parecia interminável).



Todos olhavam para ela e sorriam. Um misto de alegria e nervosismo tomava conta. Mas ao ver o noivo lá, esperando por ela e com um sorriso do tamanho do mundo, teve certeza que tudo daria certo.



A cerimônia foi linda, emocionante. Quando o padre pediu para que desses as mãos, o noivo disse que ela estava maravilhosa e que a amava muito. Ela disse que também o amava. E o nó na garganta aumentou.



Depois das bençãos, dos cumprimentos, de algumas lágrimas, veio o beijo. Enfim, casados, felizes e com a esperança de uma linda vida dali pra frente.



E, é claro, depois disso festa, dança, risadas e felicidade dominante.



Esse foi o dia do nosso casamento, há 8 anos atrás. E, olhando tudo o que vivemos juntos, vejo que cada minuto vale a pena! Te amo!

1 comentários:

Taty disse...

É Tati, os anos passam e as estações continuam as mesmas pois a chuva se repetiu no dia 08 né? Parabéns pra vcs por esses anos de relacionamento. Felicidades mil, agora ainda mais, pois a família está completa. Beijos

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